terça-feira, 12 de abril de 2016

154 - Maravilhas da Tailândia: As mulheres Kayan.


Deus existe! 
Brindou-nos com a prodigiosa Natureza povoada por Animais magníficos e ornamentada com belas Flores onde reproduziu todas as cores do arco-íris. E certamente, num momento de maior inspiração, Ele concebeu a Sua obra prima, a Mulher. Para elas, o habilidoso Homem criou depois as jóias e as sedas. Eis as sete Maravilhas segundo um ranking muito ... pessoal!

Deixo aqui algumas considerações sobre cada uma delas já que foram o prato de substância do penúltimo dia da nossa viagem, 12 de Março de 2016. No topo da lista coloco as:

Mulheres Kayan ou mulheres girafa.

À semelhança do que me contaram acerca dos elefantes tailandeses (ver post anterior), também neste caso ouvi dizer algumas coisas não muito abonatórias acerca do tratamento dado a esta comunidade (Kayan ou Karen people) pelas autoridades do país. É certo que entre o que se ouve dizer e a realidade, vai por vezes uma grande distância. E quanto a factos … não tenho!
Os Kayan pertencem a um subgrupo étnico tibetano-birmanês do qual fazem parte os Padaung, com os quais não gostam de ser confundidos. Como expatriados, os Kayan vivem desde há várias gerações no norte montanhoso da Tailândia onde encontraram refúgio. (Ver/ler post nº 145)
Entre as tribos da montanha, as mulheres Kayan tornaram-se icónicas no mundo do turismo. São conhecidas como mulheres girafa, devido ao aspecto aparentemente alongado dos seus pescoços obtido à custa de um artifício que tem início quando ainda são muito jovens, entre os dois e os cinco anos. Por volta dessa idade, as meninas começam a usar anéis dourados à volta do pescoço, o que lhes há-de conferir uma beleza muito apreciada entre os seus e não só. Modos suaves, voz melodiosa e música dolente, completam o extraordinário encanto que irradia destas mulheres.

Pois, contaram-me que esta comunidade vive em condições muito precárias, com baixíssimos índices de desenvolvimento humano, nomeadamente no que diz respeito à habitação, saúde e escolaridade. Os seus rendimentos são diminutos e provêem basicamente do artesanato (tecelagem), área na qual se tornaram exímias como tivemos oportunidade de constatar.Também ouvi dizer que estão confinados a uma espécie de reserva da qual não se podem ausentar. Pior que tudo isso, diz-se, as mulheres não poderiam retirar as argolas que usam à volta do pescoço e, caso o fizessem, perderiam algum apoio (financeiro ?) que lhes é facultado pelo estado que, deste modo, as mantém como chamariz turístico. Verdade?
Terminada a visita ao parque dos elefantes, prosseguimos com o programa estabelecido para a jornada, tomando a direcção da vila Kayan de Maetaeng.

Como nas aldeias dos Kayan (tribos das montanhas) não existem arruamentos que permitam o acesso por autocarro, tivemos que fazer, mais uma vez, o transbordo para estas carrinhas  ... que vão a todo o lado!

Acomodamo-nos como podemos, seis ou sete pessoas em cada viatura.

A aldeia que vamos visitar chama-se Maetaeng conformrme se pode ler no bonito autdoor.

Primeira vista da aldeia.

Entre as crianças que brincam, há uma vestida com trajes de cerimónia. Seria o dia do seu aniversário?

A comunidade vive essencialmente do comércio de artesanato, muito dele produzido localmente.

Uma pequena vendedora com ar muito sério, postada à frente da sua loja.

Mãe e filha ... lindas!

Atendendo aos elementos que dão a uma determinada área o seu carácter residencial, sendo eles tão parcos nesta aldeia, como constatei, fiquei com a impressão de que as pessoas de facto não vivem aqui. Talvez seja mais favorável para o negócio que as suas lojas se situem num local que os turistas acham muito natural ... típico, etç.! Quanto aos homens da aldeia, não vi nenhum, pelo que só posso deduzir que se entregam a outros trabalhos.

Uma beldade ...

... e outra.

E ainda mais esta.

Uma pequena e linda tecelã de 16 anos.

O João, qual D. Quixote dispara seixos com a fisga acabada de adquirir contra alvos imaginários. Assim ninguém se falhou o alvo ou se a culpa é da pedrita ou do atirador!

Boa pose!

Será que as mais novas se estão borrifando para a tradição e recusam usar as argolas à volta do pescocito?





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